Dia Internacional da Mulher, e quando todos os olhos se voltam
pra ela,
me sinto sozinha, talvez como muitas,
marginalizadas, sofridas,
esquecidas.
Vítima não! Sensível, à flor da
pele.
Solidão que se perde no burburinho de outras,
isolada, feito uma ilha,
apesar de cercada por poesia, fotos, dança e música de todos os lados.
Telespectadora de sorrisos anônimos,
distante e carente de um afeto com nome e sobrenome.
Carente de um afago que se distancia e com medo de não mais alcançá-lo,
feito balão de menino que num piscar de olhos alcança o azul
do céu,
e se converte em lágrimas de adeus.
Tanto tempo, e ainda me é difícil compreender o silêncio,
quando a alma ânsia por palavras, de preferência, doces... doce ilusão!
A vida é curta. O amanhã a Deus pertence.
Como pensar num futuro, se nem se concretiza o presente???