gritam sua liberdade de voar.
Olhos tristes,
também não aprendeu a sorrir.
Preferiu se esconder atrás da saia
e da sombra da mãe, que partiu.
Partiu pra fugir dos gritos, lamúrias,
tudo imerso num passado sem fim.
O hoje é permeado por coisas guardadas, amareladas,
que não permitem sonhar com um futuro mais claro, sem manchas.
Soluços são abafados,
amores são reprimidos e
a vida, esquecida,
não é vivida.
Os olhos se perdem em frenéticas e compulsivas leituras
que o levam pra longe,
e não o trazem de volta.
Prefere ficar lá não-sei-onde,
onde a fantasia faz as vezes da real-idade.
Faltam sonhos,
faltam amigos,
falta paz,
falta luz...
E há quem diga que é só acender a lâmpada...
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