Logo eu, que vivo dizendo que adoro ficar sozinha, hoje minha própria companhia não me foi suficiente.
Talvez por ter comprado morangos. E não satisfeitos com eles in natura, tenha lembrado de uma receita que tem tudo a ver com domingo.
Um domingo de flores na janela, cortinas ao vento, bolo no forno.
Um domingo com a casa cheia. Cheia de gente. Cheia de comida. Cheia de abraços. Cheia de afeto. Um domingo recheado de sol. De mesa lá fora. De rede balançando.
Mas hoje esse sol não apareceu, dando lugar a um friozinho atípico que pedia companhia.
Ausências convidadas e restou me contentar com o soninho da tarde, com o filme na TV e com a torta de morangos e leite ninho.
Ressaltando esse último ingrediente, acho que a nostalgia veio de longe. De uma infância não muito bem lembrada, mas que remete ao maternal, a um alimentação que hoje hoje me fez falta à alma.
Um colo, um aconchego, uma ausência, uma saudade.
O domingo se despediu e a torta de morangos foi para o congelador.
Tentativa gulosa de saciar outros corações.
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