segunda-feira, 17 de abril de 2023

Tudo junto & misturado

 


di VERSOS 

RessignificAÇÃO

Do singuLAR ao plu(s)ral


Sábado, dia 15/04/2023, vivenciei algo especial.

Especial e genial!

Uma instalação que se propôs a dar novos lares e donos a pertences, memórias e histórias de uma mulher que hoje acompanha tudo isso de um outro plano, e que no momento, com certeza, sorri.

A casa, por si, já é um evento e  os anfitriões, dois cavalheiros.

Já na entrada, o portão te convida a uma experiência. Papeis são colados dando uma dica do que há por trás daquele  muro alto.

À direita, a parede texturizada de objetos chama a atenção do olhar e do lado esquerdo, um jardim, uma horta e um cão chamado Vodun, nos encantam! No chão de um território só seu, placas de metal com a palavra PARE tentam conscientiza-lo a não fazer buracos.

Guirlandas de louros colhidos todo final de ano, decoram outras paredes. 

Quando os olhos alcançam o teto e imaginam não achar mais nada, se deparam com um lustre feito de galhos.

O piso de pedra contrasta com vasos de cactos, lindos, grandes e felizes.

Ao redor da sala, que abre os braços para acolher toda essa amorosidade, temos, num harmonioso e GRANDE encontro, quadros diversos, espelhos diversos, vasinhos diversos, álbuns de fotografia antigos, intactos e diversos, ansiando por fotos hoje guardadas nas gavetas virtuais de uma nuvem que não tem nada a ver com o céu. Caixinhas, latinhas com surpresas (diversas) dentro, bordados emoldurados, manequins que denunciam um dos talentos da homenageada e itens que invadiram até a privacidade do toalete. 

No meio da sala, fitas desciam do alto, de onde bolsas, também diversas, eram penduradas e em fila, desfilavam. E numa parede lateral, luvas, muitas, variadas e "diversas" e um chapéu rosa antigo, talvez anos 50, que quando eu já ia embora, foi escolhido por uma cabeça visitante e encantada.

Tudo isso sem falar em mais papeis, cartões postais, caixas de fósforo, miniaturas,  bijuterias e demais e diversos objetos variados e afetivos que ainda descansam no aconchego de um baú, onde provavelmente naftalinas são inquilinas vitalícias.

Não conheci a Lia, mas me vi muito nela.

Adorei a ideia e voltei pra casa já pensando em escolher uma curadoria para o museu que me habita.

Uma resposta para aquela pergunta que me vem quando me vejo olhando para meus objetos amados e também diversos...

Para onde irão? Em que endereços, prateleiras, estantes e paredes descansarão?

Ah! Esqueci de falar da cozinha da casa.

Escapou ilesa de acolher objetos à venda, mas fiquei tentada a perguntar o possível preço de uma antiga geladeira. Mais econômica impossível. Hoje, um armário.


p.s.: escrevo este texto às 5h da manhã deste domingo 16/04/2023, que promete ser nublado, mas aqui dentro está tudo azul e o sol brilha... perfeito para a decolagem desse helicóptero, sempre em boas e apaixonadas mãos. 💙

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