Como um tear vivo,
sigo
tecendo meus dias,
um ponto de cada vez, um fio de cada cor.
Ora amarelo, ensolarado, ora cinza, nublado.
Nós ainda me desconcertam,
linhas me desalinham,
fios me conectam,
lãs me aquecem.
Sigo em meio a fios que encobrem,
disfarçam e revelam.
Sigo tecendo meus dias
com a sabedoria presente das vovós,
aquelas, nem sempre conhecidas.
Aqui e ali.
Na amorosidade
de um colo,
de um chá e
de um xale...
Sensível emaranhado de
fios,
lãs,
linhas,
agulhas e muita
CURA.
Sigo tecendo um coração
que bate,
forte,
no compasso de um dia de cada vez.
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