Coração inquieto.
Me sinto como uma criança,
que desajeitada,
tenta se acomodar numa
cadeira alta.
Os pés balançam.
Falta chão.
Em meio aos gritos que
saltam pela janela,
desço da cadeira.
Me escondo em baixo da
mesa.
Um avião voa tão rasante
que sinto o tilintar dos
copos de vidro de requeijão
em cima.
A madrugada chega.
Tento descansar,
mas meus sonhos
são sacudidos por
uma torneira aberta
que escancara uma ferida
que imaginei fechada.
Lágrimas esquecidas.
Sorrisos guardados.
Dor que ainda pulsa e
uma criança interior
machucada.
Nenhum comentário:
Postar um comentário