quinta-feira, 31 de março de 2011

SALVADOR DALI E DAQUI

salvadordaqui@hotmail.com
RV - RESUMO DE VIDA
JOSEVALDO ANTÔNIO DA SILVA SOUZA
(mais conhecido como SALVADOR (“Dali” e daqui) )

Nascido em 16 de abril de 1962, no sertão paraibano, numa tarde de outono, porém, por desconhecer o exato horário de seu nascimento, desconhece também o seu ascendente (aliás, uma frustração que carrega por não poder fazer um preciso mapa astral). Teve seu lindo nome escolhido por um consenso de seus queridos pais: herdou o “Jose” da mãe Josefa e o “Valdo” do pai Ariosvaldo. O Antônio veio por conta de seu avô materno, na época já falecido, mas ganho por sua mãe num jogo de par ou ímpar com seu Sr. Ariosvaldo. Se o pai tivesse ganho, teria homenageado o seu avô paterno com APARECIDO.... Não desistindo da idéia, seu irmão mais novo foi agraciado com este outro lindo e expressivo nome, e vindo ao mundo teve na certidão de nascimento estampado JOÃO APARECIDO, que não fez muito jus ao nome e desde a década de oitenta ninguém sabe do seu paradeiro.... sumiu, desapareceu, escafedeu-se...
Cidadão do mundo, JOSEVALDO ANTÔNIO, já percorreu os quatro cantos desse Brasil varonil e até a Espanha já foi convidado a visitar, mas não teve coragem de encarar mais de 10 horas de vôo dentro de uma máquina grande daquelas, sem, segundo ele, “sustentação nenhuma”.... um avião.
Viajante por profissão e nômade por genética, deixou a Paraíba ainda menino, pra ser engraxate numa região mais promissora, e juntando trocado por trocado, chegou à Bahia já adolescente feito e ali se instalou por alguns bons anos.
Amante das artes, sem nunca ter terminado o antigo curso ginasial, sempre procurou ler muito sobre os pintores, em especial, e se encantou com o perfil do grande Salvador Dali. Onde quer que estava, na mochila já desgastada pelo tempo, sempre havia uma literatura sobre o ilustre artista espanhol.
Muito falante e simpático, logo conquistou o povo baiano que passou a chamá-lo de SALVADOR.... e igualmente inspirado pelos trabalhos do pintor que lhe originara o apelido, passou a ter tamanha vontade de se arriscar com um pincel em punho, mas não tinha capital pra investir numa carreira artística, aliás, nem pra comprar as caras tintas, pincel e tela...
Foi quando a sua grande popularidade falou mais alto, e o Sr.Antunes, dono de uma loja do ramo, comovido pelo desejo do praticamente amigo, resolveu lhe oferecer material para que ele iniciasse a sua arte.
Sem local para fazê-lo, por que não em plena praça pública? E foi assim que Salvador se manteve em solo baiano por quase duas décadas.
Mas os anos passaram e a rotina e o ritmo daquela gente logo cansaram nosso personagem, que resolveu radicalizar e decidiu se aventurar no sul do Brasil, e depois de passar por Santa Catarina e Rio Grande do Sul, optou pelo charme europeu da capital paranaense.
Chegando a Curitiba, em pleno outono, ainda encontrou um resquício de sol forte e céu azul, o que o deixou um pouco confuso sobre o típico friozinho da cidade, que tanto assusta muitos e desagrada a maioria.... mas aí, notou que tanto as manhãs como as noites curitibanas traziam consigo um frescor diferente daquele que estava acostumado, e por surpresa dele mesmo, acabou gostando...
Por conta do charme do clima da capital paranaense e inspirado por Dali, nosso SALVADOR (daqui) passou a adotar uma vestimenta que combinasse com esse arzinho europeu. Os cabelos longos e coloridos foram apenas ligeiramente aparados; manteve o cavanhaque (seu grande aliado com as mulheres), modificou o designer do bigode “a la Dali”, passou a usar uma boina chiquérrima (um verdadeiro ACHADO num brechó do Largo da Ordem) e adotou um chiquérrimo lenço de seda no pescoço, também da mesma grife.
... e desde então, nosso intelectual nordestino vem arrasando corações daqueles que amam as artes e recebem de braços abertos figuras que só vem contribuir com nossa paisagem artística e cultural.
P.S.: Ele ainda não desistiu de conhecer a Espanha e faz terapia pra perder o medo de avião....
Contatos e mensagens para nosso ASTRO podem ser enviados para:

(Boneco de papel machê criado por mim em 16/04/2005 e texto nascido no dia seguinte, aliás, num domingo nublado, 
que na verdade me insPIRA ).

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