sábado, 13 de setembro de 2014

Na terra da Tia Beth







Não eram só os olhos verdes que me chamavam a atenção naquele rapaz exótico, de cabelos longos, geralmente presos num trivial rabo de cavalo e um brinquinho na orelha direita. Todo ano ele dava um pulinho, ora em Paris, ora em Nova Iorque , ora em Londres, simples assim, com uma freqüência possivelmente maior da que me fazia pegar o busão e seguir para o litoral paranaense.

Acho que foi aí que meu coração começou a pulsar mais forte pela capital britânica e toda vez que ele discretamente anunciava aos mais próximos o destino de suas férias, eu  queria ser um pé de meia furada pra seguir junto com ele no meio da bagagem.

Diante dessa impossibilidade, eu sofria, e como sofria!!!

Sofria, mas não desistia e o vôo para a realização desse sonho alto um dia chegou.

Comemoração digna de rainha, com direito a frio na barriga, suor frio, coração disparado, nó na garganta, orgulho de dever cumprido e prazer de sonho realizado.


Lá se foram 23 anos de nossas vidas e a paixão por essa ilha de céu nublado e gente fechada ainda tem lugarzinho reservado no meu coração, cercado de saudade por todos os lados...

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