Très chique e diretamente de Paris, recebi pelo whatsApp uma linda e colorida obra de arte, feita por minha irmã de alma que brilha por um período na Cidade Luz, e entendi que o título era SOPRANDO.
Diante disso, iniciei o dia inspirada a falar sobre o SOPRO e a primeira coisa que me veio à cabeça foi uma vela, seja de um aniversário ou de uma oração.
A primeira motivação foi falar da vida, da celebração, do assoprar aliviando uma dor, e foi aí que o texto tomou outro rumo.
De repente chega uma notícia muito triste envolvendo um trágico acidente e a partida de duas anjas, filhas de uma mãe que vi crescer, e que apesar de não conviver mais com ela, as lembranças ainda pulsam e muitas histórias boas ainda se mantem vivas.
E aí o coração doeu e não houve sopro que aliviasse a dor.
O dia de céu azul de repente se tornou cinza aqui dentro e o nó na garganta custou a se desfazer.
Duas vidas tiradas de uma mãe ainda jovem, cheia de energia e de sorrisos com covinhas.
Duas preciosidades na vida dessa moça que precisará de muita força e muita espiritualidade para trazer novamente brilho aos seus dias.
E no meio de tudo isso me vem a palavra EMPATIA, que é o colocar-se no lugar do outro, e fazendo isso, a ferida dói ainda mais a ponto de não se ter ideia quanto a uma cicatrização.
Fico lembrando do sorriso dela e imagino que ele demorará um pouco a retornar. Partiu junto com as filhas e deu lugar a um lamento e a um vazio que precisarão de tempo. Tempo, aceitação e mais tempo.
Não conheci as crianças, mas conheci a mãe.
Que ela continue forte, assim como a mulher que se tornou, como os equinos por quem se apaixonou, como seu grito e sua vontade que sempre tiveram vez e voz.
E que DEUS se encarregue do resto!
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