Depois de quase um ano de "seca" nada melhor do que o texto abaixo para brindar meu retorno...
Ela chega sem avisar, sem bater
à porta, sem telefonar....
De mansinho vai se achegando, procurando colo
e se esparramando, feito gato manhoso, de preferência num espaço amplo e vazio.
Às vezes longínqua, inatingível
e quase inexistente, de repente se faz presente e nos encanta...
Nos encanta, canta, dança, rodopia, num contorno sem igual e num
movimento de tirar o fôlego...
E assim como emociona, também
constrange, debate, incomoda ou simplesmente vira encantamento diante de olhos
arregalados, nó na garganta e aperto no peito.
Antes a angústia de não
conseguir alcançá-la e depois o deleite da surpresa que se deita sobre o papel
em posições diferentes , mas cujo prazer é reescrito de forma igual.
Vivemos de palavras!
Curtas, longas, seja lá a sua
forma, o importante é que venha com emoção, mas hoje ela não veio.
Depois de uma grande e
produtiva colheita, a semente secou, a garganta gritou, mas a folha de papel
permaneceu vazia... estiagem poética!
Nenhum comentário:
Postar um comentário