segunda-feira, 4 de abril de 2011

AGOSTO

Flor: 4


... e o mês de agosto chegou....

Mês do desgosto, do cachorro louco, talvez da morte... ou seria do renascimento?

Por que será que MUDAR, ROMPER, ENCERRAR, BUSCAR, assusta tanto o ser humano?

MUDAR de ares...
ROMPER com situações...
ENCERRAR etapas...
BUSCAR novos horizontes...

O homem é cada vez mais preso a conceitos, tradições, regras e medos, e tem cada vez mais dificuldade de enfrentar seus fantasmas e seguir de encontro a um final feliz, ou pelo menos um final onde a mocinha sobreviva, mesmo que sozinha...

Sobrevivência, talvez seja esse o “x” da questão...

Tornamo-nos facilmente escravos das facilidades que o monótono e sistemático dia-a-dia nos oferece, que fica quase impossível nos projetarmos numa outra “tela”, mais viva e mais colorida...

É como se não quiséssemos mudar os escuros tons que tomam conta da nossa paisagem...

Gostamos do pink, do verde e do roxo... nosso dia-a-dia está coberto de preto, cinza e marrom e não conseguimos sequer coragem suficiente pra mudar as cores da palheta, quem dirá, ousadia pra mudar a pincelada e arriscar outro “estilo” de pintura...

Falta ao homem coragem e ousadia pra lutar pelo seu real bem-estar.

Coragem que é antecedida pelo receio de não dar certo....

Ousadia pra arriscar, cair e levantar-se novamente, porque quanto maior é a queda, maior é a força que nos acompanha depois...

Infelizmente são poucos aqueles que se permitem essa queda...

Poucos os que tem olhos e ouvidos pras coisas do coração e resolvem investir nessa louca aventura, às vezes sem volta...

Quero ser um desses poucos, pois quero chegar no mais adiantado da minha idade, olhar pra trás e poder afirmar, que pelo menos eu tentei...

Que pelo menos eu consegui dar um basta na anulação que não agregava nada, muito pelo contrário, só me impedia de ser quem eu gostaria de ser.... criador, criativo, nascida no Dia da Criatividade, não poderia ser diferente, e não perceber quase que uma missão, pra continuar no comodismo do “um dia após o outro”, não combina com um espírito sedento de novos ares e novas INSpirações....

Vou em busca do desconhecido, que me aguarda no sentido de desvendarmos juntos os mistérios das cores, das dores, mas também das flores e dos amores.

Boa viagem pra mim!

Flor: 4

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