domingo, 3 de abril de 2011

GRATIDÃO





E ao fim de mais um dia, você chega à conclusão de que teve uma jornada exaustiva, cheia de questionamentos, insatisfações e inconformismos, acrescentados por aquele aperto na garganta, típico de uma tireóide lenta, gritando aquela famosa pergunta feita primeiramente por Louise Hay... quando chegará a minha vez?
Mas daí o relógio marca 20:00h de uma noite de chuva fina, porém constante, prometendo ser longa, e ao esperar o ônibus, atrasado pelo menos quinze minutos, me deparo com as seguintes situações:

1)      O catador de papel, com o carrinho lotado (que bom!), mas após um duro e úmido dia de andanças pelas ruas da cidade, resolve pegar o caminho de casa, com suas sandálias havaianas pra lá de gastas e um corpo franzino, que provavelmente não vê comida há horas.

2)      Um caminhão do "licho que não é lixo" aparece com seus guerreiros sempre felizes e animados, hoje munidos de uma poderosa capa de chuva amarela, prontos para mais uma noite de "atividades aeróbicas" dignas de um quase triatleta...


3)      O carrinho de cachorro quente do Xycão´s dog, apesar da chuva, não está vendendo como água, mas o Chico está lá, confiante de que bocas famintas apareçam até 3 da manhã, afinal de contas hoje é quarta –feira e ele acaba o expediente mais cedo...


4)      Um casal de moto se veste debaixo de uma marquise, se equipando de sacos plásticos nos pés, e calças e jaquetas de nylon na ilusão de que ficarão protegidos da chuva que cai até chegar em casa, loucos por um banho quente...

Depois de tudo isso, agradeço o ônibus que chegou, a chuva que aliviou e peço a Deus  para que o catador de papel chegue em casa bem, os lixeiros tenham uma boa noite de trabalho, o Xycão venda muitos hot dogs e que o casal não se molhe muito...

Quanto a mim,  tudo o que eu quero é chegar em casa, tomar um banho quente, um chazinho de hortelã e me aquecer no meu pijama lilás.
Boa noite! Sonhe com os anjinhos!





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