domingo, 28 de maio de 2017

Anjos pra sempre

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Très chique e diretamente de Paris, recebi pelo whatsApp uma linda e colorida obra de arte, feita por minha irmã de alma que brilha por um período na Cidade Luz, e entendi que o título era SOPRANDO.

Diante disso, iniciei o dia inspirada a falar sobre o SOPRO e a primeira coisa que me veio à cabeça foi uma vela, seja de um aniversário ou de uma oração.

A primeira motivação foi falar da vida, da celebração, do assoprar aliviando uma dor, e foi aí que o texto tomou outro rumo.

De repente chega uma notícia muito triste envolvendo um trágico acidente e a partida de duas anjas, filhas de uma mãe que vi crescer, e que apesar de não conviver mais com ela, as lembranças ainda pulsam e muitas histórias boas ainda se mantem vivas.

E aí o coração doeu e não houve sopro que aliviasse a dor.

O dia de céu azul de repente se tornou cinza aqui dentro e o nó na garganta custou a se desfazer.

Duas vidas tiradas de uma mãe ainda jovem, cheia de energia e de sorrisos com covinhas.

Duas preciosidades na vida dessa moça que precisará de muita força e muita espiritualidade para trazer novamente brilho aos seus dias.

E no meio de tudo isso me vem a palavra EMPATIA, que é o colocar-se no lugar do outro, e fazendo isso, a ferida dói ainda mais a ponto de não se ter ideia quanto a uma cicatrização.

Fico lembrando do sorriso dela e imagino que ele demorará um pouco a retornar. Partiu junto com as filhas e deu lugar a um lamento e a um vazio que precisarão de tempo. Tempo, aceitação e mais tempo.

Não conheci as crianças, mas conheci a mãe.

Que ela continue forte, assim como a mulher que se tornou, como os equinos por quem se apaixonou, como seu grito e sua vontade que sempre tiveram vez e voz. 

E que DEUS se encarregue do resto!



quinta-feira, 25 de maio de 2017

Riscos no céu





Hoje vim trabalhar de vestido. Um clássico. Corte reto, cinza, de lã, com forro e etiqueta estrangeira.

Chiquérrimo! Comprado há anos num brechó. Sorte que era grande e agora ainda serve.

Falando nisso, estava toda feliz que havia perdido quase 4 quilinhos, mas ontem a balança da farmácia me informou que voltei a encontrá-los... Também, depois de tantas gostosuras que chegaram às minhas mãos em forma de chocolate de Páscoa, não tinha mesmo como lembrar desse fato inédito! Sem contar a pipoca e o pinhão! E isso que junho ainda nem chegou!

Acho que preciso voltar a fazer terapia, também para descobrir por que encontro tanto aconchego num pedaço de bolo com café... E por mais que eu troque o pão pela tapioca, o queijo e a goiabada ainda continuam sendo a dupla perfeita, o que, com certeza, não vem a me ajudar muito.

Mas voltando ao dia de hoje, que está LINDO!!!!

Depois de vários dias onde os casacos e cachecóis foram convidados a sair, parece que o famoso veranico de maio chegou e a cor sai da gaveta e se transforma numa linda jaqueta vermelha que implora pra passear.

Adoro dias nublados, mas não tem como negar que quando o solzinho resolve levantar com a gente às 7 da manhã, pintando o céu de azul, o ânimo é outro.

Vim caminhando e olhando pro alto, me encantando com os riscos brancos feito caminhos de fumaça. Quando eu era criança diziam que era supersônico no céu que ensaiava esses rabiscos, feito um desenho que não saía do papel, digo, das nuvens.

E por um momento tive vontade de viajar e virar turista em lugares desconhecidos que enchem os olhos e encantam a alma.

Coisa mais boa do mundo levantar cedo, tomar um belo e rico café da manhã e sair meio sem rumo, maravilhado com cada nova paisagem encontrada no caminho, onde pegar ônibus ou metrô torna-se pura diversão.

Fotografar, comentar, elogiar ou criticar. Parar para um lanche, tomar um café, pensar na gula de uma sobremesa se oferecendo na vitrine, não resistir ao cheirinho de pipoca ou amendoim doce no ar.

Caminhar, cansar, sentar, respirar novos e belos ares.

Diminuir o passo. Respirar fundo e se dar ao direito de sentar num banco de praça, apenas observando o cidadão engravatado que segue apressado, a mocinha que leva o cachorrinho pra dar uma volta, o estudante que carrega a mochila pesada de saberes ou a senhorinha com sua bengala a recusar a idade em busca de um pouco de sol. 

Fico a me perguntar por que não ousamos ser turistas dentro da nossa própria cidade. Parece que quando moramos em determinado lugar, simplesmente deixamos de apreciar as pequenas coisas que enfeitam o caminho e os olhos se fecham para a beleza.

Ainda outro dia, motivada por um livro que estou lendo, pensei na possibilidade de simplesmente pegar um ônibus qualquer, que fosse para um bairro qualquer, em busca de algo qualquer que pudesse preencher essa coisa qualquer que é sair do caminho da roça e fazer todo dia a mesma coisa. Automatismo total!

Quem sabe assim, eu pudesse matar as saudades e não precisasse levar meu coração para bater mais forte em outros lugares... que ele se encantasse com a minha rua, se emocionasse com o meu quintal, e encantado, encontrasse o aconchego que eu encontro na rede (azul) lá de casa.

Azul, rosa, azul, rosa, azul, rosa, azul, rosa... AZUL!!! ♥ 


sexta-feira, 12 de maio de 2017

Vontade de gentileza


Ontem pela manhã vim de ônibus para o trabalho pois já estava em cima da hora, e no ponto, encontrei uma senhora que já esperava o busão que não vinha.

Impaciente, me perguntou se eu sabia o horário e a tranquilizei dizendo que logo passaria um.

Puxou conversa perguntando se iria chover, e eu disse que anunciaram garoa e baixa temperatura, quanto comentei que na semana que vem teríamos dias mais quentes novamente.

Disse-me, então, que era carioca, mas que já morava há 48 anos aqui e que gostava do clima.

Segundo ela, impossível aguentar um calor frequente como o do Rio ou um frio constante como o do sul, mas quando vai mudando, nos presenteia com várias estações, podendo-se variar roupas, passeios, sucos e sopas, e ela gosta.

Vindo o ônibus, sentei-me ao seu lado e conversamos mais um pouco, mas logo ela desceu.
Ia ao supermercado. Tinha labirintite e me falou que já chegou a cair, quebrando uma vez o pulso e em outra vez dois dentes da frente. Perguntei se ela tomava remédio, mas me disse que pouco adiantava.

Cabelo preto envolto por uma toca. Saia longa. Mãos e unhas bonitas e no dedo indicador um enorme anel preto em forma de folhas.

Dei "tchau" com desejo de "até breve" e ela pediu ao motorista que tivesse paciência enquanto descia. Insegura e vagarosamente, foi às compras, com certeza pedindo a Deus que não passasse mal e não fosse ao chão.  

Me despedi da cena com gostinho de quero mais e por um momento me deu vontade de conhecê-la melhor, ter o seu telefone, saber onde mora, poder ajudar de vez em quando ou simplesmente fazer um bolo de laranja e levar para tomar chá com ela.

Mais uma vez a maturidade no meu caminho me fazendo refletir sobre a efêmera passagem por essa vida.

E diante de tontas e tonturas, confirmo um post meu hoje cedo, no Facebook, lembrando que "A GENTILEZA É O JEITO MAIS BONITO DE SER SOL NO DIA NUBLADO DE ALGUÉM!"  

segunda-feira, 8 de maio de 2017

Mãe Luz



Nenhum texto alternativo automático disponível.


A uma semana de mais um domingo de DIA DAS MÃES, me deparei com a seguinte frase “mãe é poesia, mesmo sendo prosa”. Amei e brinquei um pouquinho com a última palavra “P(rosa)”.

Mãe é poesia.

Às vezes de difícil entendimento.

Às vezes com muitas rimas, deixando-a com excesso de gostosura.

Às vezes reflexiva e profunda.

Às vezes ignorada. Às vezes incompreendida.

Às vezes romântica, às vezes melancólica, às vezes cansaço e às vezes apenas desabafo.

Outras vezes com aquelas palavras que realmente precisávamos ler ou ouvir.

Mas com certeza, sempre admiração, exemplo e o melhor de nós.

Poesia que vem carregada da mais grandiosa ternura que somente palavras de mãe trazem.

Sentido, ensinamento, aprendizado, conhecimento, sabedoria e outros tantos ingredientes que fazem do resultado dessa receita, algo sem igual, onde luz e divino se encontram no sagrado.

Instinto, vocação, acolhimento e intuição se juntam, num quarteto que faz desse ser algo único, sentimento que se traduz no verdadeiro amor incondicional.

Amor que não se define, apenas se sente, e que caracteriza essa mulher que gera outro ser e o põe no mundo com o maior dos objetivos, o de igualmente amar.

Dias atrás também me deparei com um vídeo do Papa Francisco, onde ele dizia que “Deus criou a mulher, para que sempre tivéssemos uma MÃE!” e achei isso de uma GRANDIOSIDADE sem tamanho!

Mãezinha querida, há exatos 4 anos e 5 meses de sua partida, esse texto é em sua homenagem. Pura poesia que às vezes mesmo sem a claridade necessária que precisávamos, nunca nos deixou na escuridão e hoje, tenho certeza, vive toda essa merecida LUZ aí em cima e continua torcendo por nosso brilho, espelho dos seus lindos e cansados olhos azuis. 

quarta-feira, 3 de maio de 2017

CHÁS & chás







Faz anos que não pego gripe, ou melhor, que ela não me pega, mas há dias tenho fugido dela com todas as minhas forças,
 força essa que confesso, anda meio fraca.

Dor de garganta então, há pelo menos uma década não me incomoda, mas creio que ando engolindo sapos em excesso 
pois ela também está querendo se manifestar.

Vitalidade, energia, disposição... eis apenas alguns dos itens que caem na lista do tempo, da maturidade ou do envelhecimento mesmo.

Sempre me considerei uma pessoa ativa, mas confesso que ultimamente essa configuração tem mudado um pouco, num update automático e incondicional.

Mas ontem não me dei por vencida, apesar de não ter conseguido encarar dois ônibus para uma aula de Pilates, depois de 8 horas de trabalho 
e um céu nada animador insinuando chuva.

Fiz um chá caseiro com gengibre, limão e mel, que ficou uma delícia, mas pra garantir em 100% a empreitada, completei a dose com um desses chazinhos de farmácia. Bendito envelopinho vermelho com paracetamol, cloridrato de fenilefrina e maleato de clorfeniramina!!! E é através desses estranhos aliados que tenho enganado a gripe que quer me pegar. 
Semana passada consegui, mas parece que meu disfarce está se desfazendo, e ela, insistindo novamente.

Pra ajudar, ainda tem a dor na minha perna (coluna, ciático ou certidão de nascimento amarela) que ainda não me permitem correr, ou seja, preciso encontrar uma alternativa pra esse “pega-pega”.

Falando em pega-pega, me vem à mente “polícia e ladrão”, brincadeira de infância que me deixava super desconfortável no papel de ladrão. Preferia ser “polícia” a ter que encarar a adrenalina de fugir e ser perseguida. 
Uma coisa chamada “zona de conforto”, 
e se acaso eu fizesse análise, com certeza viria à tona.

Mas Freud à parte, espero me recuperar fisicamente, pois sinto que quando não estou muito bem, meu emocional fica também fica prejudicado.

O humor vai passear e deixa no lugar um companheiro impaciente, irritado e grosseiro, cuja companhia pode ter certeza, não me agrada nem um pouco.

Mas fazer o quê? Ainda levará um tempo até que minha perna se fortaleça um pouco. Ainda bem que a fisioterapeuta me disse que músculo tem memória... só espero que ele não esteja com Alzheimer e se recorde que por anos fiz aeróbica de segunda a sexta, fizesse chuva ou fizesse sol e que
joguei vôlei em praticamente todas as empresas para as quais trabalhei... bons tempos aqueles em que eu suava a camisa, apesar de que SUOR hoje também tem sido uma constante... mas isso já é outra história.