quinta-feira, 21 de setembro de 2023

Raízes afetivas

 


Hoje é Dia da Árvore.
Se eu ainda estivesse na escola talvez a professora pedisse uma redação com esse tema.
Adoro árvores.
Quando saio pra caminhar não resisto e me atraso. 
Paro para fotografar todas, ou quase.
Sou louca principalmente por aquelas cujas raízes se confundem 
com a calçada quebrada.
Estão ali, firmes, resilientes, brigando por espaço e ainda persistem,
recebendo luz e fornecendo sombra.
Os amantes das artes adoram este contraste.
E eu estou na lista dos fãs desses velhos troncos,
que envergam, mas não quebram,
feito umas e outras que conheço.
Exercitar o amor foi feito para todo dia, mas
hoje foi a data que escolhi para celebrar o companheirismo,
a parceria, a troca, a partilha, a preocupação e o carinho,
talvez por remeter a raízes e bons frutos.
Não que nesse intervalo não haja conflitos, teimosias e diferenças, 
mas entendemos que isso faz parte do pacote.
Hoje setembro faz 21 dias, mas meu relacionamento
com aquele que surgiu para apoiar meus passos
completa 22 anos e seguimos o caminho, às vezes
ainda encontrando pedras no meio dele, mas
aprendendo a apreciar também as flores.
Parece que foi ontem que pedi um suco de tomate 
no aniversário do amigo de um colega de trabalho, em um lugar barulhento
onde nada se ouvia além de um som alto.
Nada ouvimos e tudo sentimos!
Foi aos poucos. Mas para que a pressa?
O tempo, por si, continua voando, 
e com ele seguimos 
de mãos dadas.
Oito mil e trinta dias de puro amadurecimento, 
coragem, rabugices, risadas, viagens e sonhos a realizar.
Quando ficamos muitos dias juntos, às vezes ainda me falta 
um pouco de paciência com a roupa espalhada 
pela casa, mas meia hora depois 
de bater a porta e sair, já bate também a saudade...
A isso chamamos de AMR!

(sim! moramos em casas separadas, mas
nossos corações permanecem unidos) 



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